ZERO HORA 23/10/2014 | 23h44
Cautela marca o último debate entre Sartori e Tarso. Finanças públicas dominaram as discussões no duelo na RBS TV
Foto: Marcelo Olveira / Agencia RBS
A três dias do segundo turno da eleição ao governo do Estado, o último debate entre Tarso Genro (PT) e José Ivo Sartori (PMDB), realizado na quinta-feira à noite, nos estúdios da RBS TV, em Porto Alegre, praticamente repetiu o roteiro dos embates das últimas semanas. Nos cerca de 50 minutos do programa, novamente as propostas de políticas públicas dividiram espaço com provocações e acusações entre os candidatos. O principal tema das discussões foi a renegociação da dívida do Estado, mas pontos como segurança e corrupção também foram bastante explorados – sempre com cautela e sem provocações pessoais.
No primeiro bloco, Tarso voltou a afirmar que o adversário não tem propostas claras para o governo. Segundo ele, Sartori defende a redução dos gastos governamentais, mas “até agora não conseguiu explicitar as despesas que vai cortar”. Disse ainda que a estratégia de combate à dívida do adversário é “recessiva, de arrocho salarial (para o funcionalismo público) e de redução de investimentos” em áreas essenciais.
O peemedebista defendeu-se dizendo não ter elementos suficientes sobre a atual situação financeira do Estado, afirmando que “existe uma ‘caixa-preta’ que será aberta se ganharmos a eleição”. Segundo Sartori, embora tenha atuado em vários ministérios durante os governos federais petistas, Tarso não atuou para tentar renegociar a dívida do Estado com a União e “endividou o Estado muito mais do que os outros governadores”.
No segundo bloco, o clima esquentou, quando Sartori, ao responder sobre suas políticas de combate à corrupção, questionou o petista sobre como se sentia “o ver antigos companheiros do PT presos por desviarem recursos públicos”. O candidato à reeleição devolveu a provocação, afirmando que se sentia “da mesma forma que o senhor em relação aos seus colegas” presos por irregularidades no governo do Estado.
Também no segundo bloco, Sartori tentou explicar o vídeo, de uma entrevista concedida ao portal Terra, no qual faz uma brincadeira sobre o piso dos professores. Segundo Sartori, o comentário que fez na entrevista referia-se ao fato de Tarso ter criado o piso dos professores, prometido pagá-lo aos professores e não ter cumprido a promessa. O petista, por outro lado, afirmou que o adversário “tentou remendar dizendo que fazia uma crítica a mim”.
No terceiro e último bloco, os candidatos apresentaram suas considerações finais. Primeiro a falar, Tarso pediu aos eleitores uma nova oportunidade para continuar o trabalho iniciado no primeiro mandato.
— Ainda temos muito a fazer aqui no Estado. Estou pedindo outra oportunidade, como teve o Sartori, lá em Caxias — disse o petista, referindo-se ao fato de o adversário ter sido eleito prefeito de Caxias do Sul em dois mandatos consecutivos.
Por fim, o peemedebista afirmou que pretende repetir no governo do Estado a estratégia de gestão utilizada em Caxias, quando foi assessorado por uma boa equipe, que o ajudou a obter bons resultados na gestão municipal.
— Bom administrador não é o que promete, mas o que sabe fazer. Estou preparado, tenho experiência e sei como fazer — garantiu Sartori.
Corrupção, segurança e dívida do Estado: o último debate em seis momentos. José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT) se enfrentaram em programa transmitido pela RBS TV nesta quinta-feira
Tarso Genro e José Ivo Sartori se enfrentaram pela última vez nesta quinta-feira, na RBS TV Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS
O último debate entre José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT) seguiu o roteiro protagonizado pelos candidatos em seus outros encontros: acusações, provocações e discussão de temas como finanças públicas, segurança e corrupção.
Nos pouco mais de 50 minutos de programa, transmitido na noite desta quinta-feira pela RBS TV, o ex-prefeito de Caxias mostrou-se mais incisivo nos ataques a Tarso e focou em propostas, enquanto o atual governador do Estado abordou polêmicas envolvendo Sartori nas últimas semanas e pediu um voto de confiança.
Confira como foi o último debate entre Sartori e Tarso em seis momentos:
1. Peemedebista fala em caixa preta nas finanças
O último debate se iniciou com um tema recorrente na campanha: o controle das finanças públicas. Tarso questionou Sartori sobre quais despesas o peemedebista pretende cortar em um eventual governo, uma vez que os principais investimentos são destinados a saúde, educação e segurança.
O ex-prefeito de Caxias alegou não ter ainda conhecimento sobre a situação financeira do Estado e cobrou do petista resposta a um pedido de informação enviado pela Assembleia Legislativa sobre o destino dos valores dos depósitos judiciais, dos financiamentos e do caixa único.
– Até hoje, isso não foi respondido. Não é possível dizer qualquer coisa sobre isso porque existe uma caixa preta, que só será aberta, na medida em que, quando ganharmos, se fizer um levantamento de tudo – afirmou Sartori.
– Esses dados são públicos. Qualquer pessoa pode consultar, entrando no site da Secretaria da Fazenda, olhando os balanços que o governo apresenta – rebateu Tarso, que acusou o adversário de não responder a pergunta por ser adepto de uma política de arrocho salarial.
Sartori insistiu que as informações não estão disponíveis nos sites oficiais e citou afirmação do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, de que o Estado poderá ter dificuldade de pagar a folha.
2. Adversários tentam agradar aos servidores
Em relação ao custo da folha de pagamento, Sartori perguntou a Tarso como ele trataria os servidores em um eventual segundo mandato. Tarso disse que, ao assumir, encontrou todos os setores do Estado em “arrocho salarial brutal”. Destacou que a folha não pode ser considerada um gasto público, mas um investimento no fator humano, e voltou a cobrar clareza do adversário nas propostas:
– Quando pergunto a Sartori o que ele vai cortar, ele nunca diz. Mas a visão do governo que ele sempre teve foi de um pesado arrocho sobre os servidores, o que levou a máquina pública à beira do sucateamento e agora estamos recuperando com salário digno. É uma crítica que faço ao método de governo do PMDB, partido de Sartori que governou com o PSDB.
O peemedebista aproveitou para se dirigir aos professores, pedindo desculpas por uma brincadeira feita por ele ao tratar do piso da categoria.
3. Petista acusa adversário de omitir suas propostas
Sartori deu sequência ao tema econômico em sua primeira pergunta, questionando por que o governador não buscou antes, em 12 anos de gestão do PT, a renegociação da dívida com a União.
– Proporcionei esta renegociação, que vai ser votada em novembro, que os governos do PMDB e do PSDB que me antecederam não tiveram coragem nem determinação para fazer – respondeu Tarso.
O petista afirmou que a divergência é quanto à solução para resolver o problema financeiro. O candidato à reeleição sustentou que é preciso sair da crise crescendo, proporcionando atração de investimento para o Estado, e classificou a proposta do peemedebista de “recessiva”.
Sartori afirmou que Tarso prometeu em 2002 que iria renegociar a dívida e não o fez, mesmo tendo sido ministro em diversas pastas do governo federal desde a primeira gestão de Lula. O ex-prefeito também acusou o petista de endividar o Estado “mais do que todos os outros governadores”.
– Continua atirando as coisas para o passado. A culpa sempre é dos outros. Tarso está sempre certo. E sabemos que as estradas estão mal, têm filas na saúde, a educação estagnou e a violência está crescendo – criticou Sartori.
Tarso disse que Sartori é “omisso” e não apresenta propostas para um eventual governo.
4. Rivais discutem repasses para saúde e hospitais
Tarso foi questionado por Sartori sobre saúde, um dos principais alvos de preocupação dos eleitores, segundo pesquisas de opinião.
O candidato à reeleição afirmou que não foi possível cumprir todo o programa no primeiro mandato porque depende de uma articulação dos municípios e do Estado com a União.
O governador disse que pretende complementar a construção das unidades de pronto atendimento (UPAs) e comparou investimentos do seu governo em hospitais filantrópicos (R$ 1,9 bilhão) com o governo anterior (R$ 416 milhões).
Na réplica, Sartori lembrou a construção de pronto-atendimento 24 horas quando era prefeito em Caxias do Sul, com recursos próprios, além da criação de programas sociais que diminuíram a mortalidade feminina e infantil. Tarso ressaltou a importância do Mais Médicos no RS.
5. Tarso destaca ações de combate à corrupção
Sartori questionou Tarso sobre corrupção, citando as manifestações de 2013, o mensalão, as denúncias de fraude em contratos da Petrobras e as recentes revelações sobre um suposto esquema de desvios em financiamentos do Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
– Na questão da corrupção aqui no RS, as notícias mais importantes não são recentes, são do governo passado – provocou Tarso, que em seguida citou a criação em seu governo do Departamento Geral de Controle e Combate à Corrupção (Degecor), premiado pela ONU.
Sartori ressaltou que a primeira medida para combater à corrupção é o planejamento e o controle sobre todos os gastos públicos e, na sequência, foi incisivo ao questionar o adversário:
– A Dilma fala que o PT ajudou a combater a corrupção. Gostaria de perguntar ao Tarso como é que ele sente vendo seus colegas e companheiros antigos do PT sendo denunciados e presos por desviarem dinheiro dos contribuintes – perguntou.
– Da mesma forma que o senhor, presumo, se sente quando vê os seus companheiros de partido sendo processados e condenados aqui no Rio Grande do Sul, desta feita no governo do Estado – rebateu o petista, que afirmou ter feito “o mais duro combate à corrupção no país” enquanto foi ministro da Justiça.
6. Sartori ressalta avanço da segurança em Caxias
Incitado por Tarso a opinar sobre o programa de policiamento comunitário, Sartori disse que o projeto é uma medida que sempre ajuda, mas logo tratou de criticar a situação da segurança no Estado.
– Ouvi uma notícia de que a criminalidade aumentou em 33%. O senhor e a senhora que estão nos vendo em casa sabem do que estou falando, sobre o medo e a insegurança.
Sartori citou a cidade em que foi prefeito por dois mandatos como exemplo. Caxias do Sul, conforme o peemedebista, foi o primeiro município gaúcho a receber o programa de policiamento comunitário.
Na réplica, o governador tratou de ressaltar conquistas do mandato na área da segurança pública. Disse que aumentou a elucidação de casos de homicídios e que está fazendo a desativação do Presídio Central de Porto Alegre:
– Estamos resolvendo uma chaga histórica.
Cautela marca o último debate entre Sartori e Tarso. Finanças públicas dominaram as discussões no duelo na RBS TV
Foto: Marcelo Olveira / Agencia RBS
A três dias do segundo turno da eleição ao governo do Estado, o último debate entre Tarso Genro (PT) e José Ivo Sartori (PMDB), realizado na quinta-feira à noite, nos estúdios da RBS TV, em Porto Alegre, praticamente repetiu o roteiro dos embates das últimas semanas. Nos cerca de 50 minutos do programa, novamente as propostas de políticas públicas dividiram espaço com provocações e acusações entre os candidatos. O principal tema das discussões foi a renegociação da dívida do Estado, mas pontos como segurança e corrupção também foram bastante explorados – sempre com cautela e sem provocações pessoais.
No primeiro bloco, Tarso voltou a afirmar que o adversário não tem propostas claras para o governo. Segundo ele, Sartori defende a redução dos gastos governamentais, mas “até agora não conseguiu explicitar as despesas que vai cortar”. Disse ainda que a estratégia de combate à dívida do adversário é “recessiva, de arrocho salarial (para o funcionalismo público) e de redução de investimentos” em áreas essenciais.
O peemedebista defendeu-se dizendo não ter elementos suficientes sobre a atual situação financeira do Estado, afirmando que “existe uma ‘caixa-preta’ que será aberta se ganharmos a eleição”. Segundo Sartori, embora tenha atuado em vários ministérios durante os governos federais petistas, Tarso não atuou para tentar renegociar a dívida do Estado com a União e “endividou o Estado muito mais do que os outros governadores”.
No segundo bloco, o clima esquentou, quando Sartori, ao responder sobre suas políticas de combate à corrupção, questionou o petista sobre como se sentia “o ver antigos companheiros do PT presos por desviarem recursos públicos”. O candidato à reeleição devolveu a provocação, afirmando que se sentia “da mesma forma que o senhor em relação aos seus colegas” presos por irregularidades no governo do Estado.
Também no segundo bloco, Sartori tentou explicar o vídeo, de uma entrevista concedida ao portal Terra, no qual faz uma brincadeira sobre o piso dos professores. Segundo Sartori, o comentário que fez na entrevista referia-se ao fato de Tarso ter criado o piso dos professores, prometido pagá-lo aos professores e não ter cumprido a promessa. O petista, por outro lado, afirmou que o adversário “tentou remendar dizendo que fazia uma crítica a mim”.
No terceiro e último bloco, os candidatos apresentaram suas considerações finais. Primeiro a falar, Tarso pediu aos eleitores uma nova oportunidade para continuar o trabalho iniciado no primeiro mandato.
— Ainda temos muito a fazer aqui no Estado. Estou pedindo outra oportunidade, como teve o Sartori, lá em Caxias — disse o petista, referindo-se ao fato de o adversário ter sido eleito prefeito de Caxias do Sul em dois mandatos consecutivos.
Por fim, o peemedebista afirmou que pretende repetir no governo do Estado a estratégia de gestão utilizada em Caxias, quando foi assessorado por uma boa equipe, que o ajudou a obter bons resultados na gestão municipal.
— Bom administrador não é o que promete, mas o que sabe fazer. Estou preparado, tenho experiência e sei como fazer — garantiu Sartori.
Corrupção, segurança e dívida do Estado: o último debate em seis momentos. José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT) se enfrentaram em programa transmitido pela RBS TV nesta quinta-feira
Tarso Genro e José Ivo Sartori se enfrentaram pela última vez nesta quinta-feira, na RBS TV Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS
O último debate entre José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT) seguiu o roteiro protagonizado pelos candidatos em seus outros encontros: acusações, provocações e discussão de temas como finanças públicas, segurança e corrupção.
Nos pouco mais de 50 minutos de programa, transmitido na noite desta quinta-feira pela RBS TV, o ex-prefeito de Caxias mostrou-se mais incisivo nos ataques a Tarso e focou em propostas, enquanto o atual governador do Estado abordou polêmicas envolvendo Sartori nas últimas semanas e pediu um voto de confiança.
Confira como foi o último debate entre Sartori e Tarso em seis momentos:
1. Peemedebista fala em caixa preta nas finanças
O último debate se iniciou com um tema recorrente na campanha: o controle das finanças públicas. Tarso questionou Sartori sobre quais despesas o peemedebista pretende cortar em um eventual governo, uma vez que os principais investimentos são destinados a saúde, educação e segurança.
O ex-prefeito de Caxias alegou não ter ainda conhecimento sobre a situação financeira do Estado e cobrou do petista resposta a um pedido de informação enviado pela Assembleia Legislativa sobre o destino dos valores dos depósitos judiciais, dos financiamentos e do caixa único.
– Até hoje, isso não foi respondido. Não é possível dizer qualquer coisa sobre isso porque existe uma caixa preta, que só será aberta, na medida em que, quando ganharmos, se fizer um levantamento de tudo – afirmou Sartori.
– Esses dados são públicos. Qualquer pessoa pode consultar, entrando no site da Secretaria da Fazenda, olhando os balanços que o governo apresenta – rebateu Tarso, que acusou o adversário de não responder a pergunta por ser adepto de uma política de arrocho salarial.
Sartori insistiu que as informações não estão disponíveis nos sites oficiais e citou afirmação do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, de que o Estado poderá ter dificuldade de pagar a folha.
2. Adversários tentam agradar aos servidores
Em relação ao custo da folha de pagamento, Sartori perguntou a Tarso como ele trataria os servidores em um eventual segundo mandato. Tarso disse que, ao assumir, encontrou todos os setores do Estado em “arrocho salarial brutal”. Destacou que a folha não pode ser considerada um gasto público, mas um investimento no fator humano, e voltou a cobrar clareza do adversário nas propostas:
– Quando pergunto a Sartori o que ele vai cortar, ele nunca diz. Mas a visão do governo que ele sempre teve foi de um pesado arrocho sobre os servidores, o que levou a máquina pública à beira do sucateamento e agora estamos recuperando com salário digno. É uma crítica que faço ao método de governo do PMDB, partido de Sartori que governou com o PSDB.
O peemedebista aproveitou para se dirigir aos professores, pedindo desculpas por uma brincadeira feita por ele ao tratar do piso da categoria.
3. Petista acusa adversário de omitir suas propostas
Sartori deu sequência ao tema econômico em sua primeira pergunta, questionando por que o governador não buscou antes, em 12 anos de gestão do PT, a renegociação da dívida com a União.
– Proporcionei esta renegociação, que vai ser votada em novembro, que os governos do PMDB e do PSDB que me antecederam não tiveram coragem nem determinação para fazer – respondeu Tarso.
O petista afirmou que a divergência é quanto à solução para resolver o problema financeiro. O candidato à reeleição sustentou que é preciso sair da crise crescendo, proporcionando atração de investimento para o Estado, e classificou a proposta do peemedebista de “recessiva”.
Sartori afirmou que Tarso prometeu em 2002 que iria renegociar a dívida e não o fez, mesmo tendo sido ministro em diversas pastas do governo federal desde a primeira gestão de Lula. O ex-prefeito também acusou o petista de endividar o Estado “mais do que todos os outros governadores”.
– Continua atirando as coisas para o passado. A culpa sempre é dos outros. Tarso está sempre certo. E sabemos que as estradas estão mal, têm filas na saúde, a educação estagnou e a violência está crescendo – criticou Sartori.
Tarso disse que Sartori é “omisso” e não apresenta propostas para um eventual governo.
4. Rivais discutem repasses para saúde e hospitais
Tarso foi questionado por Sartori sobre saúde, um dos principais alvos de preocupação dos eleitores, segundo pesquisas de opinião.
O candidato à reeleição afirmou que não foi possível cumprir todo o programa no primeiro mandato porque depende de uma articulação dos municípios e do Estado com a União.
O governador disse que pretende complementar a construção das unidades de pronto atendimento (UPAs) e comparou investimentos do seu governo em hospitais filantrópicos (R$ 1,9 bilhão) com o governo anterior (R$ 416 milhões).
Na réplica, Sartori lembrou a construção de pronto-atendimento 24 horas quando era prefeito em Caxias do Sul, com recursos próprios, além da criação de programas sociais que diminuíram a mortalidade feminina e infantil. Tarso ressaltou a importância do Mais Médicos no RS.
5. Tarso destaca ações de combate à corrupção
Sartori questionou Tarso sobre corrupção, citando as manifestações de 2013, o mensalão, as denúncias de fraude em contratos da Petrobras e as recentes revelações sobre um suposto esquema de desvios em financiamentos do Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
– Na questão da corrupção aqui no RS, as notícias mais importantes não são recentes, são do governo passado – provocou Tarso, que em seguida citou a criação em seu governo do Departamento Geral de Controle e Combate à Corrupção (Degecor), premiado pela ONU.
Sartori ressaltou que a primeira medida para combater à corrupção é o planejamento e o controle sobre todos os gastos públicos e, na sequência, foi incisivo ao questionar o adversário:
– A Dilma fala que o PT ajudou a combater a corrupção. Gostaria de perguntar ao Tarso como é que ele sente vendo seus colegas e companheiros antigos do PT sendo denunciados e presos por desviarem dinheiro dos contribuintes – perguntou.
– Da mesma forma que o senhor, presumo, se sente quando vê os seus companheiros de partido sendo processados e condenados aqui no Rio Grande do Sul, desta feita no governo do Estado – rebateu o petista, que afirmou ter feito “o mais duro combate à corrupção no país” enquanto foi ministro da Justiça.
6. Sartori ressalta avanço da segurança em Caxias
Incitado por Tarso a opinar sobre o programa de policiamento comunitário, Sartori disse que o projeto é uma medida que sempre ajuda, mas logo tratou de criticar a situação da segurança no Estado.
– Ouvi uma notícia de que a criminalidade aumentou em 33%. O senhor e a senhora que estão nos vendo em casa sabem do que estou falando, sobre o medo e a insegurança.
Sartori citou a cidade em que foi prefeito por dois mandatos como exemplo. Caxias do Sul, conforme o peemedebista, foi o primeiro município gaúcho a receber o programa de policiamento comunitário.
Na réplica, o governador tratou de ressaltar conquistas do mandato na área da segurança pública. Disse que aumentou a elucidação de casos de homicídios e que está fazendo a desativação do Presídio Central de Porto Alegre:
– Estamos resolvendo uma chaga histórica.
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