sábado, 24 de dezembro de 2011

COMO ESTÃO AS PROMESSAS DE TARSO, GOVERNADOR DO RS


HORA DE FISCALIZAR. Zero Hora acompanha os compromissos assumidos por Tarso Genro na campanha - JULIANA BUBLITZ, ZERO HORA 24/12/2011

De 14 promessas feitas pelo governador Tarso Genro na campanha e acompanhadas por Zero Hora em seu primeiro ano de gestão, três foram cumpridas, oito estão em andamento e três ficaram para trás.

Firmadas em debates e programas políticos, as obrigações avaliadas fazem parte do Promessômetro – uma ferramenta lançada por ZH em julho de 2010 para ajudar o eleitor a acompanhar e cobrar as dívidas eleitorais.

Na lista dos itens atendidos, estão o fortalecimento do Programa Saúde da Família (PSF), que ganhou 36 novas equipes, e a desoneração das micro e pequenas empresas. Tarso também honrou, até o momento, a palavra ao não aumentar impostos.

– Todas as questões levantadas na campanha foram encaminhadas de maneira adequada neste primeiro ano. Não deixamos de tocar em nenhuma delas. Isso não significa que todas estejam terminadas, mas as ações que desenvolvemos apontam para um cumprimento integral do nosso programa – afirma o governador, que tem recebido cobranças pelo pagamento do piso nacional dos professores.

Tarso se comprometeu em honrar a lei, mas afirma que isso será feito ao longo do mandato. Entre as demandas em andamento, estão outras reivindicações antigas da população. Municípios cujos acessos não passavam de estradas de chão batido começam finalmente a ver o asfalto.

– Nossa meta é atender todas as cidades sem acesso asfáltico até 2014 – assegura o secretário Beto Albuquerque.

Uma promessa que está com sinal vermelho é a Bolsa-Copa, lançada por Tarso quando ainda era ministro da Justiça. A previsão era pagar um adicional de 30% aos policiais que quisessem se preparar para trabalhar no Mundial. O projeto segue no papel. Ciente de lacunas como essa, o secretário da Segurança, Airton Michels, afirma:

– As pessoas precisam saber que, apesar das conquistas, ninguém aqui está soltando foguetes. Estamos no caminho certo, mas sabemos que temos muito a melhorar e estamos trabalhando para isso.

PÁGINA 10 | LETÍCIA DUARTE (Interina) - Reflexões de fim de ano

Em meio a tantos balanços de fim de ano, seria propício aos eleitores fazer uma avaliação de seus representantes. Você está satisfeito com o desempenho de seus deputados, de seu prefeito, de seu vereadores, do governador, da presidente? Por quê?

Apesar de ainda não ter uma grande obra concluída para exibir, o governo Tarso termina o ano sem maiores sobressaltos. Com maioria na Assembleia, vem conseguindo aprovar a maioria dos projetos encaminhados – embora tenha amargado neste mês a derrubada pela Justiça de seu principal projeto para tentar conter a sangria do Tesouro, a reforma da previdência, e tenha precisado recuar em relação à inspeção veicular, por não ter conseguido convencer sequer os seus aliados. Como mostra a reportagem das páginas 8 e 9, a partir de uma amostra de 14 promessas de campanha, o governador cumpriu ou está cumprindo 11 delas. Mas há ausências significativas. Mesmo que sejam apenas três não cumpridas, a análise desta minoria é reveladora. Entre as que ficaram pelo caminho, duas são na área da educação: o pagamento do piso dos professores e a reabertura das escolas que foram fechadas pela governadora Yeda Crusius. Não por acaso, são duas das questões mais emblemáticas que o PT explorava quando era oposição. Invertidos os papéis, os petistas mordem a língua para dizer agora que não há dinheiro, que o cobertor é curto, que é preciso um prazo para o parcelamento do pagamento – enquanto os ex-governistas que hoje ocupam a tribuna da oposição cobram de Tarso exatamente aquilo que antes diziam que não havia condições para se cumprir. Outro projeto, aliás, serve de emblema para esta contradição. Justamente no meio da greve dos professores, o governo causou polêmica ao encaminhar uma proposta de aumento salarial e incorporação de gratificação para servidores da Fazenda, uma das categorias que já ganham mais.

As ações desafiam os antigos discursos, pondo a coerência à prova. Cabe aos eleitores julgar qual é a melhor versão: os discursos de antes ou as condutas atuais?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DILMA QUER INVESTIR NAS FORÇAS ARMADAS

Governo Federal. Dilma quer investir no aparelhamento das Forças Armadas - Agência Brasil - JORNAL DO COMERCIO, 19/12/2011 - 13h19min

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (19) que pretende investir no aparelhamento e na qualificação das Forças Armadas. De acordo com ela, esse investimento é fundamental para diminuir as vulnerabilidades e para que o país possa assumir no cenário intenacional a posição que pretende.

"O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forças Armadas equipadas e qualificadas para o cumprimento de suas atribuições. Um país que pretende ter dimensão internacional tem que ter nas Forças Armadas um exemplo da sua capacidade e da sua competência", disse Dilma. "Uma política de defesa assertiva é necessária ao desenvolvimento econômico e também a uma política externa soberana. Para construir uma grande nação é fundamental dispor de capacidade na defesa dos interesses, pelo mais diversos meios', acescentou durante a solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos.

Outra intenção da presidente é promover maior integração das três Forças, tendo o Ministério da Defesa como articulador institucional. Ela reafirmou a intenção de investir para incrementar a indústria nacional de defesa com o desenvolvimento de tecnologia própria, estratégia que ressaltou na semana passada ao se reunir com o primeiro-ministro francês, François Fillon.

A França é um parceiro estratégico do Brasil na área de defesa. Um dos exemplos dessa parceria na área tecnológica é a realização dos grandes contratos no setor, que envolvem a construção de helicópteros e submarinos. Após a solenidade, no Palácio do Planalto, Dilma seguiu para um almoço de confraternização com os oficiais-generais, oferecido pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, no Clube da Aeronáutica.

PODER PÚBLICO EFICIENTE É O DESAFIO


EDITORIAL CORREIO DO POVO, 19/12/2011

A presidente Dilma Rousseff pretende que o poder público adquira uma eficiência plena na prestação de serviços à população. Para isso, quer conseguir com que se efetive uma verdadeira profissionalização dos servidores públicos, com um atendimento de qualidade às demandas das comunidades. Esse objetivo deve ser perseguido e, se atingido, terá um poder de deslinde sobre uma série de gargalos que ora impedem que as pessoas possam usufruir de prerrogativas garantidas em lei, mas negadas no dia a dia.

De acordo com a principal dirigente do país, a agilidade no atendimento das demandas sociais é uma meta que deve nortear o atual governo. Ela admite que não se trata de uma tarefa fácil, mas que todos os esforços devem ser envidados nesse sentido. Aliás, a eficiência da administração pública foi erigida a princípio constitucional expresso, ao lado de outros princípios, como o da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, sem falar naqueles que não estão citados, mas que orientam a condução dos negócios públicos, como da transparência, da isonomia, da proporcionalidade, da razoabilidade, entre outros.

Dentro desse processo de qualificação na relação com o cidadão, é importante ter um funcionalismo com salários compatíveis, pois eles serão os agentes da ação programática do governo. Segundo a presidente, a qualidade desejada já tem parâmetros, como se verifica em órgãos como o Itamaraty, a Receita Federal, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Contudo, é visível que em setores sensíveis, como o da saúde, educação e segurança, essa contrapartida de serviços encontra-se em níveis críticos, para não dizer totalmente insuficientes.

A afirmação da presidente Dilma sobre a necessidade de melhorar o desempenho governamental pode ser interpretada como uma autocrítica elogiável. Agora, é arregaçar as mangas para trabalhar e fazer com que os três anos restantes de mandatos sejam realmente profícuos para implantar as mudanças consideradas necessárias.