CLEIDI PEREIRA
OS PROGRAMAS PRESIDENCIAIS, na terça-feira, serão marcados por homenagens a Campos. Na quarta, começa a propaganda para o Piratini
Em clima de luto e tributo. Assim será a largada da campanha no rádio e na TV na terça-feira, após a morte de Eduardo Campos. Não fosse o acidente aéreo, o candidato do PSB seria o primeiro a aparecer no horário eleitoral.
Com vazio provocado pela perda do seu principal líder, o PSB deve dedicar ao menos o primeiro programa para homenagear Campos. Os demais partidos e coligações que disputam o Planalto devem fazer o mesmo. Na propaganda de Dilma Rousseff (PT), a expectativa é de que o ex-presidente Lula, que era amigo de Campos, fale a respeito do socialista.
Na disputa pelo governo do Estado, no programa de quarta-feira, Ana Amélia Lemos (PP), José Ivo Sartori (PMDB) e Vieira da Cunha (PDT) também irão homenagear Campos.
De acordo com a presidente da Associação Latino-americana de Consultores Políticos, Gil Castilho, a propaganda na TV deve ter um peso ainda maior nestas eleições, devido ao número de indecisos, nulos e brancos. Conforme a última pesquisa Ibope, esse grupo de eleitores chega a 24%. Em 2010, à mesma época, o índice era de 19%.
– A TV ainda tem um impacto imenso no Brasil, e a estreia é o momento em que os candidatos se apresentam, dão o tom da campanha e mostram a que vieram. Há toda uma expectativa em relação às primeiras aparições – diz Gil.
Ana Amélia mostrará suas origens
Conhecida por sua carreira no jornalismo, Ana Amélia Lemos (PP) irá dedicar seus três primeiros programas de TV para mostrar aos eleitores os principais momentos de sua trajetória pessoal e profissional. Segundo Ricardo Bottega, diretor de criação da campanha da senadora, a ideia é apresentar as origens humildes da candidata, dar visibilidade ao seu trabalho no Congresso e explicar por que ela aceitou concorrer ao Palácio Piratini.
Esperança e mudança serão as palavras-chave da campanha na TV, que também terá muitas imagens fora de estúdio. A senadora, segundo assessores, não mudou seu guarda-roupa em função do horário eleitoral, no qual deve aparecer com seus característicos trajes discretos em tons mais sóbrios. Estrategistas da candidatura também apostam na desenvoltura da senadora diante das câmeras como um diferencial em relação aos demais concorrentes.
O PP estuda formas de exibir imagens de Aécio Neves (PSDB) em sua propaganda, apesar de estar impedido pelo fato de a sigla estar nacionalmente ao lado de Dilma Rousseff (PT).
AS ESTRATÉGIAS PARA A ESTREIA NA TV
OS PROGRAMAS PRESIDENCIAIS, na terça-feira, serão marcados por homenagens a Campos. Na quarta, começa a propaganda para o Piratini
Em clima de luto e tributo. Assim será a largada da campanha no rádio e na TV na terça-feira, após a morte de Eduardo Campos. Não fosse o acidente aéreo, o candidato do PSB seria o primeiro a aparecer no horário eleitoral.
Com vazio provocado pela perda do seu principal líder, o PSB deve dedicar ao menos o primeiro programa para homenagear Campos. Os demais partidos e coligações que disputam o Planalto devem fazer o mesmo. Na propaganda de Dilma Rousseff (PT), a expectativa é de que o ex-presidente Lula, que era amigo de Campos, fale a respeito do socialista.
Na disputa pelo governo do Estado, no programa de quarta-feira, Ana Amélia Lemos (PP), José Ivo Sartori (PMDB) e Vieira da Cunha (PDT) também irão homenagear Campos.
De acordo com a presidente da Associação Latino-americana de Consultores Políticos, Gil Castilho, a propaganda na TV deve ter um peso ainda maior nestas eleições, devido ao número de indecisos, nulos e brancos. Conforme a última pesquisa Ibope, esse grupo de eleitores chega a 24%. Em 2010, à mesma época, o índice era de 19%.
– A TV ainda tem um impacto imenso no Brasil, e a estreia é o momento em que os candidatos se apresentam, dão o tom da campanha e mostram a que vieram. Há toda uma expectativa em relação às primeiras aparições – diz Gil.
Ana Amélia mostrará suas origens
Conhecida por sua carreira no jornalismo, Ana Amélia Lemos (PP) irá dedicar seus três primeiros programas de TV para mostrar aos eleitores os principais momentos de sua trajetória pessoal e profissional. Segundo Ricardo Bottega, diretor de criação da campanha da senadora, a ideia é apresentar as origens humildes da candidata, dar visibilidade ao seu trabalho no Congresso e explicar por que ela aceitou concorrer ao Palácio Piratini.
Esperança e mudança serão as palavras-chave da campanha na TV, que também terá muitas imagens fora de estúdio. A senadora, segundo assessores, não mudou seu guarda-roupa em função do horário eleitoral, no qual deve aparecer com seus característicos trajes discretos em tons mais sóbrios. Estrategistas da candidatura também apostam na desenvoltura da senadora diante das câmeras como um diferencial em relação aos demais concorrentes.
O PP estuda formas de exibir imagens de Aécio Neves (PSDB) em sua propaganda, apesar de estar impedido pelo fato de a sigla estar nacionalmente ao lado de Dilma Rousseff (PT).
Sartori vai expor gestão em Caxias
Dono do segundo maior tempo de TV, José Ivo Sartori (PMDB) tem o desafio de superar o desconhecimento do eleitorado em relação ao seu nome. Por isso, o foco da largada será a trajetória do candidato, que já foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e prefeito.
Coordenador de marketing da campanha, o jornalista Marcos Martinelli conta que o primeiro programa também servirá para “prestar contas” do que foi realizado por Sartori na administração de Caxias do Sul em dois mandatos. O objetivo é apresentar o peemedebista como um gestor preparado, reforçando o slogan do “gringo que faz”.
Além de destacar ações em áreas como saúde, educação e infraestrutura, serão feitas comparações mostrando que o candidato solucionou em Caxias problemas semelhantes aos enfrentados pelo Estado. Segundo Martinelli, no decorrer dos programas, Sartori deverá apontar os principais desafios do Rio Grande do Sul, mas também indicar saídas. Imagens captadas na rua, com o candidato em contato com os eleitores, também serão bastante exploradas.
Tarso apostará em obras e pessoas
O otimismo em relação à situação atual do Estado dará o tom dos programas do governador Tarso Genro (PT), que busca algo inédito no Rio Grande do Sul: a reeleição ao Palácio Piratini.
Com uma estética mais “naturalista e documental”, as propagandas de TV do petista mostrarão o que o governo realizou e contarão com muitas imagens gravadas fora de estúdio, principalmente de obras e pessoas beneficiadas por programas do governo. Na estreia, irão ao ar cenas registradas em várias regiões do Estado. Segundo o coordenador de comunicação da campanha, João Ferrer, o objetivo é “retratar da melhor forma possível a realidade”.
Imagens da presidente Dilma Rousseff – que tem no Rio Grande do Sul índices de intenção de voto melhores do que sua média nacional – também serão bastante exploradas, mas com maior intensidade nos programas subsequentes. Como Dilma e o ex-presidente Lula estarão no Estado no dia 22 para participar de um ato no Gigantinho, o evento é considerado estratégico para a tomada de cenas que serão exibidas nas propagandas petistas.
Vieira vai largar com propostas
Experiência, posição e verdade serão as palavras mais utilizadas e que também darão a tônica da campanha do deputado federal Vieira da Cunha (PDT). De acordo com o coordenador de estratégia da candidatura, Fabner Utida, os primeiros programas apresentarão o trabalhista como um candidato com ampla bagagem de gestão pública e sem “nenhum arranhão” em sua trajetória política.
Além da atividade parlamentar, serão destacadas as passagens de Vieira pelo comando do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), nos anos 1980, e da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), na década de 1990.
Para compensar o menor tempo de TV entre os principais candidatos ao Piratini, propostas já serão apresentadas na largada do horário eleitoral. Entre elas, ações nas áreas de saúde, segurança e educação, como as escolas em tempo integral – uma tradicional bandeira do PDT. Assim como nos debates, Vieira deve continuar sendo um dos candidatos com a postura mais crítica em relação à gestão de Tarso Genro, apesar de o PDT ter participado do governo.
Robaina sem “dramaturgia”
Devido ao baixo orçamento e ao escasso tempo de TV, os programas de Roberto Robaina (PSOL) irão girar em torno de propostas, “sem musiquinha e teledramaturgia”, segundo ele.
Entre os temas que ganharão destaque, o pagamento do piso do magistério, a reativação do Laboratório Farmacêutico do Estado (Lafergs), o combate à privatização da saúde e a defesa de uma auditoria da dívida pública do Estado.
O primeiro programa também vai ser dedicado à biografia de Robaina. A apresentação será feita pela candidata da sigla à Presidência, Luciana Genro, companheira de militância de Robaina desde a década de 1980, quando ambos estudavam no Colégio Júlio de Castilhos.
Cenas dos protestos de 2013 também ilustrarão a campanha do candidato do PSOL, associadas ao mote “o povo acordou”.
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