POLÍTICA + | Rosane de Oliveira
Bem que o Cpers tentou colocar os candidatos a governador contra a parede e arrancar de todos um compromisso assinado com11 reivindicações dos professores, entre as quais o pagamento do piso do magistério como básico do plano de carreira. Líder nas pesquisas de intenção de voto, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) foi a primeira a participar da sabatina e assinou o documento, mas fez uma ressalva verbal: fará o esforço máximo para pagar o piso.
Ontem, José Ivo Sartori (PMDB) teve uma atitude incomum para um candidato em véspera de eleição: recusou-se a assinar o documento e admitiu propor alterações no plano de carreira para cumprir a lei do piso.
– Quando fui prefeito, cumpri meu papel sem assinar qualquer papel. Nunca fiz isso, não seria agora que eu iria fazer, porque não é da minha conduta. Quem assinou a lei do piso não cumpriu. O que frustra a população é a promessa e as assinaturas indevidas de protocolos que depois não se executam.
Questionado pela presidente do Cpers, Helenir Oliveira, se planeja mexer no plano de carreira, Sartori surpreendeu novamente por falar a verdade, mesmo correndo o risco de perder votos. Admitiu propor a mudança do plano, apesar de saber que os professores não querem ouvir falar de alterações.
– Os professores têm de oferecer uma contrapartida. Não podem ter só exigências. Isso vai fazer parte da conversa. Onde vamos arrumar o dinheiro? Ou temos todos boa vontade ou vamos ficar nessa postura antiga de continuar com o conflito.
Ontem à tarde, Vieira da Cunha (PDT) passou pela mesma sabatina. Disse que vai fazer o possível e o impossível para pagar o piso e assinou a carta apresentada pelo Cpers. Por questões de agenda, Tarso Genro marcou a conversa com o sindicato para o dia 25. A dúvida é: assinará o documento, como Ana Amélia e Vieira, ou seguirá o exemplo de Sartori?
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