ZERO HORA 3 de setembro de 2014 | N° 17911
CLEIDI PEREIRA
ELEIÇÕES 2014
ELEIÇÕES 2014
CORRIDA PRESIDENCIAL. Planos de governo “esquecem” pauta gay
Recuo de Marina Silva em relação a propostas de defesa dos direitos dos homossexuais expôs dificuldades dos candidatos em acolher proposições polêmicas. Programas abordam a causa LGBT de forma genérica, sem assumir compromissos pontuais
Temendo perder votos do eleitorado conservador, os três principais candidatos à Presidência evitam se comprometer com as principais reivindicações do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). Temas como casamento gay entraram na campanha depois que Marina Silva (PSB), pressionada pelo pastor Silas Malafaia, retirou o apoio a essas bandeiras do plano de governo.
Alvo dos ativistas, a ex-senadora é a única entre os três a contar com um capítulo específico para o tema em seu programa. Isso não foi suficiente para evitar atritos, inclusive internos. Na segunda-feira, o secretário nacional LGBT do PSB, Luciano Freitas, deixou a coordenação da campanha por não concordar com as modificações.
Após o recuo da ambientalista, Dilma Rousseff (PT) passou a defender a criminalização da homofobia. Mas o projeto que trata do assunto só não foi votado no ano passado devido a uma orientação do governo, que estava preocupado com o risco de ficar sem o apoio dos evangélicos.
Nas 42 páginas do plano de governo de Dilma, palavras como gay, LGBT e homossexuais sequer são mencionadas. O texto só afirma que a luta pelos direitos humanos se mantém como prioridade, “até que não existam mais brasileiros tratados de forma vil ou degradante, ou discriminados por raça, cor, credo, orientação sexual ou identidade de gênero”.
No caso de Aécio Neves (PSDB), o plano lista sete diretrizes genéricas. Entre os pontos, estão apoio a linhas de pesquisa que tratem da diversidade sexual e atenção permanente, por meio do Fórum Nacional de Diálogo, às reivindicações LGBT. Para a cientista política Vera Chaia, da PUC-SP, tais questões não são abordadas com clareza pelos candidatos por “falta de coragem” e receio de perder futuros eleitores, tendo em vista que uma parcela significativa da população brasileira – principalmente católicos e evangélicos – prega exatamente o contrário.
Temendo perder votos do eleitorado conservador, os três principais candidatos à Presidência evitam se comprometer com as principais reivindicações do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). Temas como casamento gay entraram na campanha depois que Marina Silva (PSB), pressionada pelo pastor Silas Malafaia, retirou o apoio a essas bandeiras do plano de governo.
Alvo dos ativistas, a ex-senadora é a única entre os três a contar com um capítulo específico para o tema em seu programa. Isso não foi suficiente para evitar atritos, inclusive internos. Na segunda-feira, o secretário nacional LGBT do PSB, Luciano Freitas, deixou a coordenação da campanha por não concordar com as modificações.
Após o recuo da ambientalista, Dilma Rousseff (PT) passou a defender a criminalização da homofobia. Mas o projeto que trata do assunto só não foi votado no ano passado devido a uma orientação do governo, que estava preocupado com o risco de ficar sem o apoio dos evangélicos.
Nas 42 páginas do plano de governo de Dilma, palavras como gay, LGBT e homossexuais sequer são mencionadas. O texto só afirma que a luta pelos direitos humanos se mantém como prioridade, “até que não existam mais brasileiros tratados de forma vil ou degradante, ou discriminados por raça, cor, credo, orientação sexual ou identidade de gênero”.
No caso de Aécio Neves (PSDB), o plano lista sete diretrizes genéricas. Entre os pontos, estão apoio a linhas de pesquisa que tratem da diversidade sexual e atenção permanente, por meio do Fórum Nacional de Diálogo, às reivindicações LGBT. Para a cientista política Vera Chaia, da PUC-SP, tais questões não são abordadas com clareza pelos candidatos por “falta de coragem” e receio de perder futuros eleitores, tendo em vista que uma parcela significativa da população brasileira – principalmente católicos e evangélicos – prega exatamente o contrário.
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