ZH 17/09/2014 | 22h37
Concorrentes ao governo do Estado participaram do primeiro encontro para discussão de propostas fora da Capital nesta quarta-feira, em Santa Cruz do Sul
Os candidatos ao governo do Estado participaram nesta quarta-feira à noite do primeiro debate realizado fora da Capital. O encontro, promovido pela Associação dos Diários do Interior (ADI-RS), ocorreu no Anfiteatro da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em Santa Cruz do Sul, e foi transmitido pelo Portal Gaz e a Rádio Gazeta.
No primeiro bloco, os concorrentes ao Piratini responderam a perguntas elaboradas por lideranças de diversas regiões do RS. O candidato à reeleição Tarso Genro (PT) defendeu a valorização do salário mínimo regional. Edison Estivalete (PRTB) prometeu tornar a remuneração da Brigada Militar a melhor do país, e Ana Amélia Lemos (PP) falou em desburocratizar o financiamento para pequenas e médias empresas pelo Banrisul.
Roberto Robaina (PSOL) afirmou que é preciso apostar em matrizes energéticas menos poluentes do que a do carvão. José Ivo Sartori (PMDB) defendeu investimento nas instituições comunitárias de educação, enquanto Vieira da Cunha (PDT) criticou o sucateamento das estradas e prometeu a recuperação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), a melhoria de eficiência da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e parcerias com a iniciativa privada. Humberto Carvalho (PCB) comentou a existência de zonas de desertificação no Estado, e propôs a modificação do modelo de produção extensiva na pecuária, para a produção intensiva, com investimento na alimentação forrageira.
A segunda e a terceira etapas foram reservadas às perguntas diretas entre os candidatos. Foram debatidos temas de Educação, Segurança, conflitos territoriais entre indígenas e produtores rurais, e a dívida pública do Estado com a União – com destaque para o embate entre Tarso e Robaina, que trocaram questionamentos.
O candidato do PSOL criticou o percentual de 13% da receita que o Estado repassa à União e acusou o PT de "governar para as oligarquias financeiras" e de "sustentar os bancos e as 5 mil famílias milionárias" do país. Tarso rebateu dizendo que coordenou o acordo para votação de um projeto que irá reduzir R$ 15 bilhões da dívida e afirmou que "o único país que governa rompido com o mercado financeiro é Coreia", sob o regime de ditadura. Conforme o petista, a medida poderia provocar uma "ditadura de direita" no Brasil.
Tarso e Robaina remontam relação familiar na disputa
Em novo enfrentamento entre os concorrentes de PSOL e PT, Robaina citou o Equador como um caso de sucesso na renegociação da dívida externa e voltou a criticar o partido do adversário. Tarso acusou Robaina de omitir a redução da relação entre o Produto Interno Bruto do Brasil e a dívida com o mercado global. A dupla ainda protagonizou um embate entre ex-genro e ex-sogro.
– Tu deveria te inspirar na Luciana Genro (filha de Tarso e ex-mulher de Robaina), que tem apresentado ideias importantes na disputa nacional e não faz papel de quinta coluna da direita – disparou o atual governador.
– A Luciana me apoia. Tu também podias seguir as ideias dela para uma luta nacional que rompa a lógica do capital financeiro. Quem faz o jogo da direita são vocês, com a arrogância de quem não paga o piso do magistério e aceita seguir pagando a dívida – devolveu o candidato no PSOL.
No quarto e último bloco os candidatos voltaram a responder questionamentos de líderes regionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário