sábado, 25 de setembro de 2010

SAÚDE E SEGURANÇA - Candidatos ao Piratini defendem propostas

Candidatos ao Piratini defendem propostas para saúde e segurança. Pesquisa do Ibope apontou os dois setores como prioridades para o eleitor gaúcho - Alexandre Haubrich, iG Porto Alegre | 16/07/2010 13:12

No início da semana, o Ibope divulgou pesquisa que mostra que, para parcela significativa dos gaúchos, saúde (34%) e segurança pública (23%) devem ser as prioridades do próximo governo estadual. O iG entrou em contato com os principais candidatos ao Piratini para que o eleitor possa conhecer as propostas de cada um deles relativas aos dois temas. Mesmo após quatro dias de reiteradas tentativas, no entnto, a candidata do PSDB, governadora Yeda Crusius, não apresentou à reportagem suas propostas.

Saúde

Tarso Genro (PT): “Aumento do investimento na área da saúde e cumprimento do que prevê a constituição. Ampliação das equipes do Programa de Saúde da Família (PSFs) que atuam na prevenção. Criação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que realizam atendimentos menos complexos. E construção de hospitais regionais, especializados em atendimentos mais complexos que diminuiriam os grandes deslocamentos de pacientes em ambulâncias”.

José Fogaça (PMDB): “É prioridade expandir a atenção básica, principalmente por meio do Programa Saúde da Família (PSF), e fortalecer os hospitais regionais, garantido recursos via convênios, equipamentos e melhores serviços para atender às necessidades da população. É preciso ter resolutividade local, sem depender de centros médios. É importante, estratégico e essencial fortalecer os hospitais regionais e municipais. Outro ponto prioritário serão os investimentos em planejamento familiar, na redução das ocorrências da violência e na produção de pesquisa e medicamentos. Tornar o Rio Grande do Sul um estado que seja referência em cuidados com crianças, idosos e mulheres. Nenhum esforço pela saúde financeira se justifica se não for para colocar os recursos a serviço da qualificação dos serviços públicos”.

Pedro Ruas (PSOL): “Os recursos que hoje vão para a dívida injusta que o Rio Grande do Sul paga a União seriam suficientes para construir 42 hospitais de média complexidade ou 5961 equipes da saúde da família por ano. Com o combate à corrupção também haverá mais recursos. As propostas específicas são: investir 12% das receitas em saúde, como orienta a Emenda Constitucional 29; garantir investimentos aos municípios na contratação de agentes comunitários que previnam e combatam as doenças epidêmicas; combater as chamadas “ambulancioterapia”, “vanterapia” e “onibusterapia”, diagnosticando os municípios com piores índices de rede de saúde para aportar financeiramente, criando pelo menos um pólo de referência em saúde em cada uma das 28 regiões do COREDES; dinheiro público apenas para a saúde pública; retomar Laboratório Farmacêutico do Estado (LAFERGS), abandonado há mais de 20 anos, garantindo a produção de medicamentos de uso continuado; mutirões de Saúde: missões públicas de estudantes e profissionais da área, baseados numa concepção preventiva de saúde e em intercâmbio com o governo cubano para troca de experiências no setor”.

Segurança Pública

Tarso Genro (PT): “O destaque será a implantação do Pronasci na sua integralidade. Integração entre as Policias com a criação de um gabinete integrado de segurança pública. Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal também terão espaço. Aparelhamento dos órgãos de segurança. Além de políticas públicas de prevenção com foco prioritário nos jovens. Criação das Unidades de Polícia Pacificadora. Os agentes passam a ser referências nas comunidades onde atuam já que não trabalham apenas com a repressão, mas também elaborando atividades em conjunto com a comunidade (espécie de polícia comunitária)”.

José Fogaça (PMDB): “Segurança pública é um dever do Estado e só depende de gente capacitada, qualificada e em quantidade suficiente. Nos últimos anos houve um sucateamento dos serviços nessa área, principalmente por falta de investimentos. A primeira questão é aumentar os efetivos das duas forças policiais – tanto para a Brigada Militar e quanto para a Polícia Civil. Deve haver um investimento gradativo concentrado, efetivo e duradouro na expansão do contingente policial. É preciso ainda ampliar a oferta de vagas no sistema prisional”.

Pedro Ruas (PSOL): “As ações se darão de maneira integrada a outras áreas, especialmente com políticas de distribuição de renda, educação, cultura, saúde, assistência social e planejamento. As propostas específicas são: valorização dos trabalhadores em segurança pública; reestruturação dos órgãos de segurança pública para acabar com a dupla entrada que causa cisão entre as categorias e atuar para maior integração das atividades policiais; implementação do Programa de Resistência às Drogas e a Violência (PROERD) - mais de 60% dos crimes violentos (homicídios e latrocínios) são motivados pelas drogas, sejam lícitas ou ilícitas – que vai atacar a raiz do problema com ações educativas em escolas e comunidades; aumento do efetivo policial; defesa dos presídios públicos, melhorando a situação dos apenados e dando oportunidades de estudo e trabalho”.

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